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FREUD EXPLICA


 Já era a terceira vez que se viam, a segunda que ela ia na casa dele.


O “vamos lá em casa tomar uma cerveja” nem era mais pretexto, era vontade mesmo.


Da cerveja, do tira-gosto e dela.


Tudo muito as claras.


Mas pra ela foi brochante, foda demais ver um brinco na mesa de cabeceira.


Não tinham promessas e compromissos.  Mesmo o casual parece ter seus limites, pra ela tinha. E tudo bem.


Ela ficou sem jeito, a noite acabou.


Ele ficou sem palavras, sem nem saber de quando era o brinco ou a quanto tempo estava ali.

“Sou meio desligado ele disse.”


“Pra mim é foda, cara.” Ela retrucou.


E assim a noite acabou em um boa noite sexo e uma carinha de gol contra.


“Foda que eu estava gostando dela.” Pensou ele e lamentou.


Imagina só perder a garota certa por conta de um brinco errado.


Tem coisas que nem Freud explica.

 
 
 

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© 2024 por Jefferson Ribeiro
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