Já era a terceira vez que se viam, a segunda que ela ia na casa dele.
O “vamos lá em casa tomar uma cerveja” nem era mais pretexto, era vontade mesmo.
Da cerveja, do tira-gosto e dela.
Tudo muito as claras.
Mas pra ela foi brochante, foda demais ver um brinco na mesa de cabeceira.
Não tinham promessas e compromissos. Mesmo o casual parece ter seus limites, pra ela tinha. E tudo bem.
Ela ficou sem jeito, a noite acabou.
Ele ficou sem palavras, sem nem saber de quando era o brinco ou a quanto tempo estava ali.
“Sou meio desligado ele disse.”
“Pra mim é foda, cara.” Ela retrucou.
E assim a noite acabou em um boa noite sexo e uma carinha de gol contra.
“Foda que eu estava gostando dela.” Pensou ele e lamentou.
Imagina só perder a garota certa por conta de um brinco errado.
Tem coisas que nem Freud explica.
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