Eles tentaram de novo?
Era viver preso ao passado ou dar chance a um sentimento que ainda estava vivo, escondido no cantinho. Feito o caco de vidro da taça que se quebrou e ninguém viu que um pedaço estava sobre o tapete. Largado no canto.
Algumas lembranças tendem a voltar e doer mais um par de vezes. O vidro cortando a mão dos desavisados.
Se encontraram, ela fez a massagem do jeito que ele gosta. Ele foi relaxando, como se o lençol fosse aproximando do seu rosto, o corpo molinho se entregando enquanto as mãos dela tiravam toda a tensão de seus músculos.
A química não mudou, como se nunca tivessem terminado.
O amor e o desejo pareciam nunca terem ido embora do quarto.
Tiveram uma noite que a tempos não tinham, entre tantas brigas haviam se esquecido de como era o sexo sem cobranças, apenas caricias sinceras.
Mas o dia nasceu, e o sol trouxe consigo todas as mágoas de volta, amargura misturada aos lençóis amarrotados.
Queriam muito que o toque de uma noite resolvesse tudo, mas não tinha como.
Nem sempre o amor é suficiente.
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