“Quer vir pra cá?” O convite foi quase automático. O sim dele também e quando viu já estava lá ouvindo Menos é Mais e bebendo Heineken gelada. Entre falas no ouvido e outras não entendidas por conta do barulho da música alta rolou um beijo. Rolou também o desconcerto por conta dos olhares de “Ai que fofo!” das amigas dela.
“Vamos sair daqui?” Ela perguntou.
“Pra onde quer ir?” Ele respondeu tentando entender os planos dela.
“Vem comigo que no caminho eu te conto.”
“Mas meu carro ficou no estacionamen…”
“Depois a gente resgata ele.” Disse ela o interrompendo e puxando pela mão. Despediu das amigas que olhavam com risinhos bobos no rosto e entraram no carro.
Foram a um bar algumas quadras abaixo. Mesa de sinuca e copo sujo. Era o bar preferido dela.
Conversaram por horas. Parecia que ainda tinham mais pra conversar.
Precisavam pegar o carro dele, mas também precisavam continuar a conversa.
Ele a chamou pra ir na casa dele. Ela achou precipitado, mas deu outra sugestão.
Foram até o estacionamento, pegaram o carro e ela pediu que ele a seguisse até um lugar especial.
Era uma rua sem saída. Nada demais, foi o que ele pensou.
Entrou no carro dela e continuaram conversando. Deram mais alguns beijos, mas não passou disso.
Ele queria, ela também, mas tem coisas que tem hora e lugar. O papo era tão bom que o desejo virou segundo plano. Eles sabiam que existiria um segundo encontro, um terceiro e quem sabe até mais.
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