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E OLHA QUE AMO COMÉDIAS ROMÂNTICAS



A gente se conheceu no Tinder, ela morre de vergonha, pede que falemos que foi na fila do pão, ou quem sabe na Bienal, já que ambos gostamos de livros.


Mas afinal, o que tem de mais no Tinder?


E sim eu sei que lá parecemos uma vitrine humana, onde pessoas buscam apenas diversão para uma noite e as conversas são mais descartáveis que um dois de paus em uma noite de canastra com o tio Bira.


Mas e daí? Nossos objetivos eram os mesmos, tanto que ainda estamos aqui.


Danem-se as conversas mais rasas que a piscina infantil do prédio ou todos os encontros fracassados que tivemos antes desses.


Faz parte do jogo, em um mundo cada vez mais acelerado, um aplicativo de namoro tem lá seu charme.


Não dá mais para flertar como na época de nossos pais, até mesmo porque a palavra flertar caiu em desuso de acordo com o dicionário TikTokiano.


Hoje em dia se um rapaz ficar olhando para uma moça e sorrir na praça, ela já vai achar estranho, se convidar pra passear em volta do coreto de mãos dadas então, é spray de pimenta na cara.


Pode parecer estranho, mas foi assim que meus pais começaram a namorar.


Se eu contasse isso a eles, iriam perguntar o que é Tinder, assim como perguntei o que era coreto.


Quero dizer é que em tempos de redes sociais o Tinder é uma solução aceitável. Oferecer pagar uma bebida ou puxar assunto na fila do pão só funciona mesmo em filmes de Hollywood.


E olha que amo comédias românticas.

 

 
 
 

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© 2024 por Jefferson Ribeiro
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