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Foto do escritorJeff Ribeiro

DEPOIS EU CONTO

Pode ser lido ouvindo Poesia Acústica #8 - Amor e Samba


Todo “eu te amo” dito pela primeira vez carrega consigo o peso da dúvida e a esperança do “eu também”.
Amor, afeto, é algo que não se cobra. Ou se têm ou vem com o tempo, do contrário... Esquece.
Ilusão achar que a vida é igual uma partida de xadrez, e nessa de ter 20 lances à frente a gente aprende do pior jeito que viver é brincar de roleta russa com o tambor cheio.
Eu só não queria ficar em casa no sábado à noite, ela aceitou tomar umas brejas naquele bar modinha de Moema.
A noite foi cerveja, tequila, uma batata frita com cheddar e bacon gostosa pra caralho, e olha que nem gosto desse tipo de mistura.
Teve também o sexo gostoso.
Acho que agora que usei o adjetivo de gostosa pra batata tenho que falar que com ela foi trepada mesmo, mina da pepeca das galáxias.
Enquanto o papo esquentava no bar a mão dela descia por minha coxa, assim me fazendo pensar besteira, a mão descia e meu câmbio subia, doido pra engrenar a próxima marcha.
Por que sempre que a gente fala de sexo fala que pensou besteira?
Besteira seria dar um beijo de canto de boca e agradecer a noite e seguir no meu Uber, lamentando o que eu queria, ela queria e não foi. Isso é besteira.
Papo de garoto que foi criado empinando pipa em frente ao ventilador e roupinha lavada com Confort.
Desde o primeiro beijo, já era com 2ª intenção. Até mesmo porque beijo nenhum vem só.
Ela me arrastou pra cama com uma urgência, e por urgência leia-se tesão. Me puxou com pressa, surrupiando todos os meus planos daquela noite.
A verdade é que da vida a gente carrega mais dúvidas do que certezas.
Já tem um tempo desde aquele dia lá no bar. Muita coisa mudou.
Eu ainda tinha mais alguma coisa pra falar, mas acho que esqueci.
Depois eu conto, a ideia não fica extinta, porque minha caneta nunca seca a tinta.
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