Pode ser lido ouvindo Last Night do Morgan Wallen
Sentei no meio fio, acendi o cigarro com o fósforo de uma caixinha esquecida no bolso. Balancei o palito algumas vezes pra apagá-lo. Joguei fora e pisei, na esperança de pisotear junto a frustração que sentia.
Dei uma tragada forte, daquelas de fazer qualquer iniciante tossir. Engoli as lágrimas junto com o tabaco.
O que a gente tinha era muito intenso, não se apaga feito fogo de palha. A paixão era nosso forte e nosso fraco. Mas acabou, comigo aqui na sarjeta, literalmente.
Que saudade da nossa intimidade de todo dia, das nossas noites de queijos e vinhos em datas não comerciais.
Com quanto tempo já pode falar que é amor? Ir no cartório e autenticar a certidão de juntos pra vida toda*?
Foram os três meses mais insanos e mais sinceros que já vivi. No primeiro encontro a gente já saiu de mãos dadas, na segunda semana eu conheci os pais dela e com um mês já estávamos morando junto. Era uma pressa de estar juntos que não tinha quem nos parasse. Durante o dia minhas declarações eram iguais a resultado da Tele Sena, de hora em hora.
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